Concedi-me um luxo
De não fazer quase nada de útil hoje.
Fui a uma aula de ginástica, cirandei, almocei por aí uma grande salada de frutas e um café, cirandei mais um pouco e, ao passar por um jardim, onde já havia uma mão-cheia de estudantes a namorar, conversar ou a não fazer nada senão olhar e sentir, fiz como eles, deitei-me na relva à sombra da palmeira, e lá passei um grande pedaço de tempo. Também havia jovens mães a passear os pequenos rebentos e mais dois rapazes a brincar com os respectivos cães - cada moço tinha dois.
Este jardim é um lugar de estar feliz, ao contrário de outros, de que já aqui falei, onde se juntam tantos, tantos idosos que me faz impressão. Não me interpretem mal - não é a idade das pessoas que me perturba; é o facto de fazerem só dias de "banco de jardim". Repetidamente, as mesmas pessoas, nos mesmos lugares. Sem querer mais, ou sem meios para querer mais.
Com o solzinho bom e a brisa ligeira que há hoje aqui por Lisboa, cheguei à conclusão que é preciso pouco para ter momentos felizes. E hoje, nem sequer tinha comigo livro ou música. Foi mesmo só saborear o tempo.
Bem sei que este assunto não tem interesse nenhum, mas deu-me vontade de contar. Como não ofende ninguém, aqui fica.
6 Comments:
Mas maior utilidade dos nossos dias não é fazerem-nos felizes?:)))
E numa Lisboa cada vez mais deserta, desolada e triste não é uma alegria descobrir um lugar com vida? :))
Mas de que jardim se trata?...
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claro que fizeste!
viveste!
muitas pessoas mereciam que o direito à preguiga fosse consagrado na constituição.
outras passam a vida a preguiçar e julgam ter todos os direitos consagrados.
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Beijo e bom fim-de-semana
Maria,
Sábia, ponderada, animadora como sempre.
Um abraço e :)
RPS,
Ao Arco do Cego.
Frequentado por moradores da zona e pelos estudantes do Técnico.
António,
A tua amiga deve estar no meio termo, desses dois tipos que mencionas...
BFS.
Beijo.
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