16.8.23

Corre o rio


 

30.4.08

Mudanças

Se fosse gente, diria que mudava de casa.
Sendo rio, poderá dizer-se que mudou de leito?
A partir de amanhã, dia 1 de Maio, escritos e imagens que costumam correr por aqui andarão por um outro caminho, mantendo o seu jeito de ser, ou tentando ser diferentes, de quando em vez.
Maio é um excelente mês para mudar. É tempo de rosas, de papoilas e de trigo. É tempo de desabrochar, desenvolver e amadurecer.

Como dizia Zeca Afonso: Maio, maduro Maio!

Maio maduro Maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o Sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul

Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar

Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo
Se cantará
Qu'importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar

Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça

A turba rompeu

28.4.08

Rosas






Poema para o meu amor doente

Hoje roubei todas as rosas dos jardins
e cheguei ao pé de ti de mãos vazias...

Eugénio de Andrade (As Mãos e os frutos)

Mais singelezas

Não são orquídeas; mas têm uma capacidade admirável de resisitir às adversidades.




24.4.08

Liberdade



Não há excesso de liberdade se aqueles que são livres são responsáveis. O problema é liberdade sem responsabilidade.
(Milton Friedman)

Não devemos acreditar na maioria que diz que apenas as pessoas livres podem ser educadas, mas sim acreditar nos filósofos que dizem que só as pessoas educadas são livres.
(Epictetus)


Não é livre quem não tenha obtido domínio sobre si mesmo.
(Demófilo)

A liberdade, ao fim e ao cabo, não é senão a capacidade de viver com as consequências das próprias decisões.
(James Mullen)

23.4.08

Promessa





Está lá tudo: formas, cor, textura e perfume.

Basta dar tempo ao tempo.



Serra da Arrábida














Só há uma ferida nesta serra: a fábrica de cimento no Outão.

Tecer os dias

















Primeiro encher os olhos, depois o aroma e sabor de um café.

22.4.08


Bastava-nos amar. E não bastava

Bastava-nos amar. E não bastava
o mar. E o corpo? O corpo que se enleia?
O vento como um barco: a navegar.
Pelo mar. Por um rio ou uma veia.

Bastava-nos ficar. E não bastava
o mar a querer doer em cada ideia.
Já não bastava olhar. Urgente: amar.
E ficar. E fazermos uma teia.

Respirar. Respirar. Até que o mar
pudesse ser amor em maré cheia.
E bastava. Bastava respirar

a tua pele molhada de sereia.
Bastava, sim, encher o peito de ar.
Fazer amor contigo sobre a areia.


J. Pessoa

21.4.08

Olhares ao azul






















Tal como faz a pessoa da última foto, costumo andar por ali a escutar o mar e a apanhar pedras e conchas. São momentos de grande tranquilidade.

Rebentos, flores e frutos

















É mesmo - a Primavera já chegou há um mês.