Mudanças
Sendo rio, poderá dizer-se que mudou de leito?
A partir de amanhã, dia 1 de Maio, escritos e imagens que costumam correr por aqui andarão por um outro caminho, mantendo o seu jeito de ser, ou tentando ser diferentes, de quando em vez.
Maio é um excelente mês para mudar. É tempo de rosas, de papoilas e de trigo. É tempo de desabrochar, desenvolver e amadurecer.
Como dizia Zeca Afonso: Maio, maduro Maio!
Maio maduro Maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o Sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul
Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar
Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo
Se cantará
Qu'importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar
Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu