30.6.07

Amanhã tenho uma festa

Amanhã vou a um baptizado, de um pequenote muito lindo.
Não, ainda não é neto. No dia em que tiver neto(a) vou sentir uma imensa alegria, tenho a certeza.
Já preparei umas coisas para ir à festa!



Bom, para dizer a verdade, nem é tanto assim: sou muito discreta, mesmo muito.

Malmequer



Malmequer - bem me quer - malmequer - bem me quer...
Já desfolhei malmequeres!
Hoje, olho-os, fotografo-os.

29.6.07

Sétima Arte



Inimigos do Império
Título original: The Banquet
É um deslumbramento para o olhar, ver este filme.
Mais informação aqui.
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O Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence, foi publicado em 1928. Foi proibido na Inglaterra durante 32 anos por ser tido como imoral.
A contrario do que me acontece quase sempre - a desilusão - quando vejo um livro "levado" a guião de um filme, no caso concreto desta obra, gostei muito mais do filme!
Há uma beleza nas imagens, nos sons, há um propositado ritmo lento na acção, há as pessoas palavrosas e as dos silêncios, há as roupagens e a nudez. Os ricos e os pobres, os conformados e os revoltados.
Há forças da Natureza!

27.6.07

Mas não são tílias




Aqui para as bandas onde vivo, há muitas árvores, com flores perfumadas, que atapetam o chão.
Mas não são tílias. Podemos ver na imagem que estas folhas são lanceoladas.
As da tília são de margem finamente serreada, cordiformes!
Conheço-as. Tenho uma árvore dessas no meu quintal, na casinha do campo.

26.6.07

Quero louvar


É isso mesmo - hoje quero louvar a RTP1 e o seu programa Centro de Saúde. *
Acabei agora de ver o terceiro da série, que sigo desde o início.
Isto, sim, é serviço público!

25.6.07

Easy Rider?


Nunca fui e nunca serei motoqueira. Falta-me ousadia.
Tenho memória de, há décadas, andar com o meu Pai numa motita que ele teve.
É uma lembrança boa, muito boa!
Não será porque existe, em cada um de nós, um bocadinho de Easy Rider?

22.6.07

Becos, escadinhas, ruas estreitinhas...


Em Alfama também se nota a DNA.*
Mas continua a ter recantos com encantos.
*data de nascimento antiga.

21.6.07

Hoje há prémios


Depois do post anterior, onde não se falou de flores ou frutos, chegou-me um prémio, concedido pelo querido amigo António, imerecido certamente, mas agradecido, com um convite para tomar conta de um par de tomates, generosa dádiva da Natureza sábia e equilibrada, e passá-los depois a outras mãos cuidadosas, que saibam dar boa conta do mesmo recado.

Pares de mãos cuidadosas e capazes, há por aí muitos. A dificuldade está só na escolha.

Embora me dissessem que era para enviar a cinco pessoas, como sou rebelde quando me apetece, envio a seis e não a cinco.
Vou dar 2 prémios às senhoras e 4 aos senhores, tentando ser bem diversificada nas escolhas que a seguir vou fazer:

Bettips, porque tem mãos de cetim, de esposa, de mãe, de amiga, mãos sempre prontas a estender-se aos outros.

Maria_Arvore, porque admiro, como já disse, a coragem da personagem e a lucidez, o savoir vivre da pessoa que a anima. Maria, usa a que te der mais jeito, s.f.f.
Este prémio não te escapa!

RPS, meu caro, dar-lhe este brinde, a título pessoal, apesar da consideração e respeito que me merecem os outros participantes do Fado Falado, é um prazer. E um desafio aos seus bons momentos de inspiração, que bem sei que existem.

Pepe, que toma as palavras e, se assim o entender, fá-las dançar num bailado harmonioso. Sabe dar-lhes movimento, luz e calor.

Patologista, porque sabe ser muitas coisas, incluindo um grande jardineiro/fotógrafo do seu quintal. Endereço-lhe este pedido – cuide de mais estes belos frutos.

JG, o Sábio, não se escapou desta, apesar do meu medo de que meta aqui o tal personagem e, então, seremos ambos excomungados!

Também admito que, entre os “premiados”, haja quem possa não gostar deste convite/desafio. Sou mulher para ouvir um NÃO, sem ficar reduzida à expressão mais simples


A todos, a favor de, ou oponentes aos tomates, o meu muito obrigada!

20.6.07

Tem-nos no sítio

O título do post de hoje deve ser objecto de nota prévia. Pretende ser uma modestíssima homenagem a uma blogger que, em estilo irónico/erótico, encarnando Maria_Arvore, fala com frequência de assuntos sérios, com sensibilidade, sabedoria de vida e sem tabus. A pessoa por detrás da personagem tem tido a bondade de me mostrar a sua generosidade e a sua qualidade de saber ser “amiga do seu amigo”.
Pretendo ainda falar, aqui e agora, de uma outra pessoa que tem relação com o título do post, que não conheço, mas cujo trabalho profissional me impressionou.
Há, na RTP1, um programa cujo modelo me agrada e cujas temáticas considero, na maioria das vezes, bem interessantes: Prós e Contras.
No âmbito deste programa, em duas distintas ocasiões, a segunda delas bem recente, escutei atentamente as intervenções do jornalista António Esteves Martins. Discorriam os convidados do programa sobre as questões da “nova escravatura”, dos trabalhadores engajados em Portugal para trabalhar noutros países, das condições que aí encontram, bem distintas das expectativas que levavam ao partir.
Falou-se de trabalho de compatriotas nossos em condições nada dignificantes, para não usar termos mais pesados, em Espanha, Holanda, Bélgica, Alemanha…
Havia a RTP convidado várias pessoas que passaram por situações do género, apurando-se que das muitas que haviam acedido ao convite, na hora H, apenas uma senhora apareceu a dar testemunho pessoal.
Porque têm medo – explicou o jornalista A. E. Martins, que segue de perto casos desta natureza, ao que percebi, há mais de uma década.
Ele próprio, A. E. Martins, em momentos de tensão vividos junto destes Portugueses, no desempenho do seu trabalho de investigação, terá sentido medo…
Se bem percebi tudo o que ouvi, além da capacidade de poder sentir medo, este jornalista tem muito mais: coragem, persistência, dignidade profissional, modéstia e … tem-nos no sítio.
Todo o programa valeu, bastando as palavras deste senhor jornalista e a sabedoria de outro interveniente, o Prof. Rentes de Carvalho, para lhe dar muita valia!

Apelos


O rio que me chama, hoje visto de um ângulo diferente.
E os telhados de Lisboa...

19.6.07

O cais no mesmo lugar


E moi de guarda-chuva, não viesse de lá da grossa...
Porque eu gosto é da miudinha!

18.6.07

Pedras do cais


Talvez a necessidade de me embebedar de verde, ou de azul, venha do sentir-me, em certos instantes, como as pedras do cais: garridice por fora e descolorida por dentro.
São apenas momentos!

17.6.07

Amargo e doce



Na sexta-feira, tive o velório de alguém que cruzou a minha vida. Parente a quem, mais do que os laços de parentesco, me unia simpatia, amizade e gratidão. Homem mais “maduro” do que eu, que teve uma doença das assustadoras, tratou-a e, quando o médico disse à esposa dele que tinha marido para, pelo menos, mais cinco anos, faleceu de pneumonia.
Ontem foi cremado. Vi-o em cinzas, não me considerando, contudo, uma pessoa mórbida. O culto dos mortos, tenho-o apenas na memória e no coração. Respeito quem o tenha distinto.
Este é o lado amargo da questão.
O lado doce é que, enquanto eu tiver memória, o falecido estará aí presente. Como bom amigo, afável e jovial. Tinha casa em Portugal e tinha casa na Holanda, onde generosamente me acolheu e me fez de cicerone, a mostrar lugares bonitos, daquela terra onde criou o filho e lhe nasceram as netinhas.
Passou sob os jacarandás em flor e voltou, em pó, à Mãe-Natureza.
No dia em que o sopro da vida me deixar, gostaria que fosse assim: passar sob os jacarandás, ficar em poeira – que alguém, com carinho, deitasse ao mar, com uma flor.

15.6.07

Olhares sobre a cidade









Porque me apeteceu uma bebedeira de verde!

14.6.07

Apesar do dia pardo





Não cheira a verão e nem sequer a primavera.
Mas segui os bons conselhos, sempre sábios, da Paula, fui tratar da vida e fotografei duas ou três vezes, pelo caminho.
O dia fica menos pardo, olhado assim.

13.6.07

Há flores



Do lado de fora da janela. Do hospital.
Nos dias em que estive lá dentro, percebi a frase "cada homem é uma ilha".
Mas tive profissionais devotados, atenções, visitas, contactos.
As angústias, a espera pelo diagnóstico, as dores, o desânimo, a esperança que resta, disto, cada um sabe só de si.
Cada experiência, uma lição mais.
Já passou. Agora só vou à consulta externa.

12.6.07

Baixando o nível

Não há estudo sociológico que explique, até onde eu tenho conhecimento, por que razão as pessoas escrevem nas portas dos W.C. de locais públicos.
Tal estudo, implicando um trabalho de campo sério, acabaria por sujeitar o estudioso a condições de higine e segurança nem sempre recomendáveis.
Mas, existe o hábito, independentemente das motivações de quem o pratica.
Baixando o nível, apeteceu-me citar, aqui, duas leituras feitas em tais circunstâncias. Daquelas que provocam reacção. Em mim, provocaram ambas, distintas, decididamente distintas.

Primeira, velha mas bem pensada - estilo poeta A. Aleixo?

Neste lugar solitário
Onde a vontade se apouca
Todo o valente se c_g_
Todo o cobarde faz força.

Segunda: filosofia barata(?), ainda assim com sentido:

Quando já tudo está perdido,
Quando já não há nada a perder,
Aí é que está a força!

Cansaços


Há cansaços nobres!
E outros tão sem razão aparente...

11.6.07

Pela poesia é que vamos?

Ontem, sono tardio, (re)leitura de poemas:
trocámos frases em silêncio
trocámos afectos em delírio
trocámos olhares consentindo
até que um dia
trocámos as vidas mentindo
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Jardim, jardim perdido
Os nossos membros cercando a tua ausência...
As folhas dizem uma à outra o teu segredo,
E o meu amor é oculto como o medo.
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MÃOS
Côncavas de ter
Longas de desejo
Frescas de abandono
Consumidas de espanto
Inquietas de tocar e não prender.
Sophia de Mello Breyner Andresen

9.6.07

Chamo-lhes tílias



Nem sei se é o nome certo. Estão em plena floração.
Têm um odor tão delicado, tão vivo, tão gostoso que, pondo em imagens, quase diria que cheiram a pele acariciada, a boca beijada.
Mas, isto sou eu e os meus exageros...

Lisboa - Tivoli



No passado dia 7.
Gostei.
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Tudo Vale A Pena
Fernanda Abreu

Crianças nas praças

Praças no morro
Morro de amores, Rio
Rio da leveza desse povo
Carregado de calor e de luta
Povo bamba
Cai no samba, dança o funk
tem suingue até no jeito de olhar
Tem balanço no trajeto, no andar
Andar de cima
Tem a música tocando
Andar de trem
Tem gente em cima equilibrando
Andar no asfalto
Os carros quentes vão passando
Andar de baixo
Tem a moça no quintal cantarolando
Rios e baixadas
Com seus vales vale a pena
Sua pobreza é quase mito
Quando fito o seu contorno
Lá do alto de algum dos seus mirantes
Que são tantos
E que te disse
Que miséria é só aqui?
Quem foi que disse
Que a miséria não sorri?
Quem tá falando
Que não se chora miséria no Japão?
Quem tá pensando
Que não existem tesouros na favela?
Então tudo vale a pena
Sua alma não é pequena
Seus santos são fortes
Adoro o seu sorriso
Zona Sul ou Zona Norte
Seu ritmo é preciso
Então tudo vale a pena
Sua alma não é pequena

8.6.07

Apetites





Proletária dos quatro costados, agora digo que vou ao "chá das cinco" sempre que me apetece uma bebida de fim de tarde, numa qualquer esplanada.
Até já fui a esta da Univ. Nova de Lisboa, onde nunca estudei.
Também conheço bem a do velho ISCSP.
Só a da Independente nunca me ocorreu...
Talvez por não estar tão à mão!

6.6.07

Pensamentos não

Mas olhares, sim, tenho.







Pelos jardins da Gulbenkian.