Liquescência?
O termo que melhor descreve a presente condição social é "liquescência". Os outrora incontestáveis pilares da estabilidade, como Deus ou a Natureza, caíram no buraco negro do cepticismo, dissolvendo a identificação da localização do sujeito ou do objecto. O significado flui por um processo simultaneamente de proliferação e condensação, ora derivando, ora deslizando ou precipitando-se nas antinomias do apocalipse e da utopia. O lugar do poder — e o sítio da resistência — fica numa zona ambígua, sem fronteiras. De que outro modo poderia ser, quando os vestígios do poder fluem da dinâmica nómada para estruturas sedentárias — da hipervelocidade para a hiperinércia? Talvez seja utópico alegar que a resistência principia (e termina?) com uma rejeição nietzchiana da gema da catatonia inspirada pela condição pós-moderna, e no entanto a natureza demolidora da consciência não deixa muitas alternativas.
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7 Comments:
Alguem roubou e anda a utilizar as nossas assinaturas. Desculpem alguma coisa que apareça aqui.
Abraço.
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não é líquido que assim seja!
o Deus não é comum
a Natureza essa sim, é para comungar e preservar
demolir a Natureza, isso sim é eliminar o equilibrio das consciências, pela inconsciência
os discursos eloquentes e carregados de chavões têm normalmente o efeito de congelar vontades
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Boa tarde e bjinho.
Bom dia e bjinho, que estou de mau humor.
bernardo,
Vamos com calma.
Sei do que Vós sois/não sois capazes.
Se vier "tolice", ignora-se.
António,
Aí estás, pensador, em defesa de Mãe-Natureza e de outras causas dos indefesos e/ou agredidos.
Ainda bem que, além de haver vozes que se alevantam, há quem passe à acção, silenciosamente, tantas vezes.
E há quem passe ao lado, indiferente...
PR,
Obrigada pelo "bjinho".
A tia manda abraço à família toda.
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