Evocação feminina
Minha voz rasga véus
cortinas de dentro de sempre
desfaz penumbras e acorda
Bárbaras, Cecílias, Stellas Henriquetas, Heliodoras
E suas vozes em minhas palavras alteiam
celebram encontros de amores tantos
salpicam sândalos no ar.
Sagas passadas chagas em sangue vertem
e vibram amantes perenes somos todas omnipresentes.
Minhas mãos tão femininas
mãos de mulher madura, menina
sonham acariciam ternas lúcidas
lembranças pedaços de dias
franjas de ausências melancolias.
Em suas palmas conchas de lágrimas oceânicas
verdejam prantos horas molhadas
de sofrimento, surdas, caladas.
O silêncio da solidão é memória
reverbera fantasias, ilusões, onde desaguar
como abraçar tamanha paixão?
Mãos entrelaçadas tecem séculos
em teia de fios farpados prisão de anjos eternizados
Somos etéreas flores
fugazes pirilampos da vida
pela vida alinhavadas.
Assim evoco Bárbara, Cecília, Stella Henriqueta, Heliodora
cantemos juntas à nossa felicidade
brindemos uníssonas à nossa liberdade!
Virginia Schall
cortinas de dentro de sempre
desfaz penumbras e acorda
Bárbaras, Cecílias, Stellas Henriquetas, Heliodoras
E suas vozes em minhas palavras alteiam
celebram encontros de amores tantos
salpicam sândalos no ar.
Sagas passadas chagas em sangue vertem
e vibram amantes perenes somos todas omnipresentes.
Minhas mãos tão femininas
mãos de mulher madura, menina
sonham acariciam ternas lúcidas
lembranças pedaços de dias
franjas de ausências melancolias.
Em suas palmas conchas de lágrimas oceânicas
verdejam prantos horas molhadas
de sofrimento, surdas, caladas.
O silêncio da solidão é memória
reverbera fantasias, ilusões, onde desaguar
como abraçar tamanha paixão?
Mãos entrelaçadas tecem séculos
em teia de fios farpados prisão de anjos eternizados
Somos etéreas flores
fugazes pirilampos da vida
pela vida alinhavadas.
Assim evoco Bárbara, Cecília, Stella Henriqueta, Heliodora
cantemos juntas à nossa felicidade
brindemos uníssonas à nossa liberdade!
Virginia Schall
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