24.11.06

Em honra deste e de todos os Poetas

Em jeito de mimo a todos os que amam a poesia.













Vidro Côncavo

Tenho sofrido poesia
como quem anda no mar.
Um enjoo.
Uma agonia.
Sabor a sal.
Maresia.
Vidro côncavo a boiar

Doi esta corda vibrante
A corda que o barco prende
à fria argola do cais
Se uma onda que a levante
vem logo outra qua a distende.
Não tem descanso jamais.

António Gedeão

4 Comments:

Blogger antónio paiva said...

......................
gostava de um dia ser poeta
juro!

por agora tento versejar
pode ser que lhe apanhe o jeito

e não me venham com a falsa modéstia

a dor sinto-a
a poesia amo-a
ela é que ainda não me deu o sim
....................


(poderia isto ser um poema?)

Beijinho e bom fim-de-semana

November 24, 2006  
Blogger Ana said...

chuvamiuda,

Cá para mim, sim, podia ser, é!
Beijinho e bom fim-de-semana p/ ti também.
:))

November 24, 2006  
Blogger Maria Arvore said...

Muito obrigada! :)

O Gedeão pegava nas palavras e fazia com elas o que queria.

November 24, 2006  
Blogger Ana said...

O Gedeão, Maria_Arvore, era um daqueles seres abençoados lá do alto, pelo Todo-Poderoso, na arte de lidar com as palavras e com as pessoas, ao que ouço dizer dele.
Há gente assim: raros, mas existem.
:)

November 25, 2006  

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