19.1.07

Formigas

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Não saberia dizer a que distância exactamente ela estava ou em que posição. Apenas sentia que seus pelos se eriçavam para captar uma espécie de calor que ela exalava e os mantinha como que irmanados. Era como se estivessem unidos poro a poro, por finíssimas linhas de minúsculas formigas laboriosas que corressem de um lado para o outro, incessantes.

Imaginava que as formiguinhas laboriosas eram também letras, sinais de um código secreto e telepático, e os dois, assim deitados lado a lado, um livro aberto folheado pelo acaso da brisa. Não um romance, mas um livro de poemas. Cada página um poema, lírico ou erótico. Cada página um poema, de solidão ou de êxtase. Cada página um poema, ele e ela. Tão próximos, tão distintos.
Texto: dali

5 Comments:

Blogger Paulo said...

Risssssssssssss

January 19, 2007  
Blogger Ana said...

paulo sempre,

Benvindo.
Um grande Rissssssssss para ti, também.
:)

January 19, 2007  
Blogger antónio paiva said...

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muito para aprender

com as formigas


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Beijinho e bom fim-de-semana

January 20, 2007  
Blogger Ana said...

bernardo,

Tento escolher palavras com interesse, produzidas por quem sabe dizer.
Já que a mim me falta o talento, espero ter, ao menos, algum bom gosto nas escolhas.
:) BFS

January 20, 2007  
Blogger Ana said...

chuvamiuda,

“Cada página um poema" & “as formiguinhas laboriosas eram também letras", aquilo que tu tão bem sabes juntar.
Aprender, só se fôr para ficar sublime. Muito bom, nessa arte, já és, meu Amigo.
BFS e beijinho.

January 20, 2007  

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