8.1.07

É um chamamento







Porque será que a noção de vida eterna me parece mais verdadeira quando olho o mar?
Será que depois de eu já não ser, ainda haverá no mar um resquício de memória de mim?
Porque com o mar comungo e essa é a mais forte noção de comunhão que tenho.
Existe em mim esta forma de paganismo.
Mesmo sabendo que os mares morrem.
Atirem-me as pedras que quiserem, não renuncio.

6 Comments:

Blogger rps said...

Porque será que a noção de vida eterna me parece mais verdadeira quando olho o mar?


Talvez por causa da imensidão do mar.
Ou, então, devido a qualquer coisa que tenhas fumado ou inalado antes...

January 08, 2007  
Blogger antónio paiva said...

...............

nada é eterno, nem os mares, podemos até pensar que sim

aliás comportamo-nos como tal

mas indo ao que aqui importa ressalvar:

Amiga, essa sensibilidade/capacidade está toda a escorrer para a ponta dos dedos, desaguando nas teclas

Bom! Muito Bom!

...............

Beijinhos e noite serena

January 08, 2007  
Blogger Ana said...

RPS,

Só pode ser a imensidão...

Inalado nunca, fumado só tabaco sem mistura, em tempos...
Ah ... e "xixa"... fumada na Tunisia...AU CAFÉ des NATTES, em Sidi Bou Said . "this lovely blue and white village" - como dizem os folhetos turísticos.

January 08, 2007  
Blogger Ana said...

chuvamiuda,

Eu sei que és amigo, mas não exageres no elogio.
Apesar de não ser modesta, sei que sou limitada.
Beijinho.

January 08, 2007  
Anonymous Anonymous said...

(ás vezes volto ou, então, volto sempre...)
Será porque a noção é apenas uma reminiscência do caminho à casa primeira, à origem?
Existe em mim esta forma de panteísmo...
Afectuosamente

January 09, 2007  
Blogger Ana said...

Jugar a la Vida, tintapermanente, diz a canção:

Por las calles voy hilando,
el collar de mi pasión,
por las calles voy contando
las monedas de mi amor.
..........
En mi casa las paredes
se respetan como un dios,
en mi casa hay una iglesia
que se llama comedor.
.................
En tu casa yo inauguro
hasta el último rincón,
en tu casa yo me ahogo
con el agua de tu voz.
..............
Y de nuevo, en la calle,
me remiendo la ilusión,
y de nuevo, en la calle,
yo me muerdo el corazón.
............
Esto de jugar a la vida
es algo que, a veces, duele


Panteísmo, num poema para o qual não sei adjectivo nenhum adequado, que lhe agradeço ter-me dado a conhecer.

January 09, 2007  

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