5.5.07

Humanidade apenas




Fui ao encontro do sorriso e do afago.
Deparei-me também com dor e algum desalento, que tive de ser eu a afagar.
Porque, quando é preciso, sou toda força.
Numa manhã, fui até ao promontório e deambulei fustigada pelo vento.
Numa tarde, quedei-me diante do mar e chorei tudo quanto me apeteceu.
Porque há momentos em que sou toda fragilidade.
Nada de especial porque, afinal de contas, é isto a nossa humanidade.
Nota: Onde me quedei há dias, frente ao mar, desgraçadamente, hoje, há quem tenha pranto bem mais amargo do que o meu. Essa sim é a angústia sem nome adequado.

8 Comments:

Blogger antónio paiva said...

......................

assim é Amiga,

as malhas que a vida tece

o que nós tecemos na vida

e o que outros tecem nas malhas da nossa vida

esse lugar é um dos que eu amo,
onde quando posso repouso, vivo e sonho, e ajusto contas comigo mesmo

pena que que outros sintam a dor e o sofrimento por lá, pois nem eles nem o lugar o merecem

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Beijo e noite serena

May 05, 2007  
Blogger bettips said...

Penso-te forte, como esse mar azul e o promontório. Algo em que alguém se apoia. Bjinho

May 05, 2007  
Blogger PintoRibeiro said...

Sem paciência mesmo nenhuma para andar aqui, só vim mesmo deixar um bjinho de bom fim de semana, Tia.

May 05, 2007  
Blogger pepe said...

"é isto a nossa humanidade", diz muito bem. Dias intensos, sentimentos fortes, horizontes largos.

May 05, 2007  
Blogger rps said...

Um abraço, amiga Ana!

May 05, 2007  
Anonymous Anonymous said...

Que bom que haja alguém que escreva estas coisas.

:))

May 06, 2007  
Blogger Rita said...

Querida Anita,

Como te compreendo!

Com toda a certeza um dos lugares mais belo e perfeito para nos deixar-nos fluir.
Parte da minha família tem origem, e repousa, nesse pequeno recanto guardado e velado pela natureza e pelos deuses...
...e desse ramo da minha família tens as palavras sábias de meu primo:

“Os mais fracos correm diante das suas emoções uma porta ondulada de ironia. Os mais fortes, porém, e eu desejo que você seja dos mais fortes, encerram-se num palácio de silêncio”.

“ (…) A impressão de que verdadeiramente a vida é nobre e bela, forte, calma e clara, e de tão extraordinário encanto, de tão ardente energia que se plenamente tivéssemos consciência do que é a vida não a poderíamos suportar. Explodíamos”.

e, numa que te poderia ser dedicada:

“Admirar a Natureza e não admirar a mulher que é a sua obra mais bela e não a admirar, querendo-a, em tudo o que ela é, espírito e corpo, é ser um poeta que faltou, na sua alma, à amplitude do mundo. O primeiro dever diante de uma mulher é ser um fogo que arde e um coração que se vigia”.

Ficam um beijo e um abraço grande de coragem, querida.

Ritalps ( mouRita)

May 06, 2007  
Blogger Ana said...

Muito, muito queridos(as), os visitantes que sempre deixam palavrinhas boas, simpáticas, calorosas.

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Ritalps, mouRita,
Hoje, em particular para ti, um obrigada ENORME.

May 08, 2007  

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