Como um Rio (1): October 2007

Do Algarve

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Janela da esperança

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Perseguir o futuro, olhar para longe como se fosse possível e acessível, é o jeito particular de muito poucos, aos quais chamamos de sonhadores, desfasados, poetas, lunáticos, criaturas sem chão.Raramente os conhecemos, dificilmente apreendemos as novas configurações que nos propõem, porque o que é novo é diferente e tudo o que é diferente comporta centelhas de susto.

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Em tempos de manchetes vazias, ideias soltas e cansaços vários, é preciso encontrar o fio de Ariadne que nos abra a janela iluminada da esperança.

Isabel Leal (psicóloga)

in DN Magazine, de hoje

Longo Verão

Até hoje, continuo a sentir-me no verão.

Vou à praia, nado e sobrevoam-me gaivotas, num céu de perfeito azul.

Só o som das aves e do mar, num areal longo, com pouca gente e uma fortaleza com duas palmeiras, na linha do meu horizonte.

Passam barcos, rasgando veredas num outro azul, onde mergulho em frescura e paz. A água, duma limpidez estonteante, deixa-me ver algas e conchas, peixes e seixos do fundo do mar: isto é banho de serenidade.

Há horas que vale a pena não aproveitar em nada de útil!

Recado a Kate

Kate McCann argumenta que não gostam dela porque é "bonita". Não é gorda, peituda, tem pouco ar maternal, diz. Está enganada. Quem não gosta dela é porque, mesmo acreditando que os seus filhos foram muito desejados, não encara com naturalidade que sejam deixados sós, com aquelas idades, todo o tempo de um jantar entre amigos, com muitas garrafas de vinho, ao que consta, num quarto de turismo, num país estrangeiro. É algo que a maioria das mães, mesmo as feias, pobres, incultas, grosseiras, não fariam. Nem no próprio país, na própria casa.
Não é bonita, Kate. O facto de ter a alcunha de "lábios quentes" - li isto na imprensa - não torna uma mulher bonita. E o facto de ser fortemente negligente para com os seus filhos torna-a feia, muito feia. Só que há coisas que os olhos de Kate não conseguem ver. Coitada da Kate.
Nota: ainda pensei em usar o meu modesto inglês para escrever isto. Mas não há necessidade. Kate tem meios de mandar fazer a tradução.

Uma pérola - Mar de Sophia

Quinze poemas, umas melodias e aquela voz.
Não conheço adjectivos adequados.
Sophia é tão universal, tão transversal ao pensar e sentir humano, que pode ser cantada por uma voz dos trópicos e dita pelo bispo de Fátima, na inauguração da nova igreja da St. Trindade.