26.3.06
24.3.06
Muito se aprende


Tenho na palma da mão esta decisão: este blog vai ficar mudo e quieto. Quem o produz vai assentar ideias, lavar pensamentos, soltar dúvidas e tentar resolvê-las o melhor qur fôr capaz.
Muito aprendi com esta experiência de vida. Tanto que, à partida, estava longe de imaginar.
Durante três meses, tempo de existência deste blog, muitas pessoas tiveram a generosidade de passar por aqui e deixar opinião. A todas agradeço esse precioso contributo. As vossas palavras animaram-me, divertiram-me ou fizeram-me pensar, actos valiosos que vos fico a dever.
Ao universo não fez bem nenhum, este blog, a mim ensinou-me muitas coisas.
Se a alguém deixei chocado ou ofendido, que tenha a bondade de perdoar, que tal intenção nunca houve.
23.3.06
Deita-a ao mar

Na fossa de Mindanau.
The Philippines Trench (also: "Philippine Deep", "Mindanao Trench", "Mindanao Deep”) stretches with a length of approximately 1,320 km and a width of round about 30 km from the northeast top of Luzon up to the Indonesian Island of Malacca Halmahera. 10,540 meters depth were measured in its deepest point - the Galathea Depth -. The Everest Mount with his 8,846 meters of height would vanish smoothly in the deep sea trench. For comparison - the Pacific Ocean reaches otherwise only an average-depth of round about 4,190 meters.
Escolhambando acerca dos murcões
* A tua mãe só pode ser uma ostra, para cuspir uma pérola como tu.
* Só queria que fosses uma pastilha elástica para te comer o dia todo.
* Tens um cú que parece uma cebola! É de comer e chorar por mais!
* Oh boa, com um cú desses deves cagar bombons!
* És como um helicóptero: gira e boa!
* Usas cuecas TMN? É que tens um rabinho que é um mimo!
* Belas pernas! A que horas abrem?
* Ó Fêvera! Junta-te aqui à brasa!
* Ó jóia! Anda aqui ao ourives.
* Ó morcôna, comia-te o sufixo!
* Ó linda, sobe-me à palmeira e lambe os cocos...
* Sabes onde ficava bem essa tua roupa? Toda amarrotada no chão do meu quarto!
* Acreditas em amor à primeira vista ou tenho que passar por aqui mais uma vez?
Imaginação não falta.
22.3.06
Hoje falo de Mulheres na Política

Num post mais abaixo, a mulher linda que nos olha nos olhos é Melina Mercouri. Houve um comentário "ficou tudo pasmado..."
Foi belíssima em muitos aspectos e merece ser recordada.
************
Melina Mercouri was the woman who left her seal on the Hellenic Ministry of Culture during the 80's.Melina Mercouri, a world-famous actress, brave fighter of the resistance movement against the military regime (1967-1974), politician of an enormous radiance in Greece and abroad, Minister of Culture for eight and a half years (1981-1989 and October 1993-March 6, 1994). Still, above all she was a great Greek, a woman that was cherished and passionately loved by the Greek people.
A juventude sabe disto?
a João Morgado ( CDS-PP)
«O acto sexual é para ter filhos» -
disse o deputado do CDS-PP num
debate sobre legalização do aborto.
A resposta em poema, que fez rir todas as bancadas parlamentares, veio de Natália Correia.
Aqui fica:
Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.
Ai, a verve de Natália Correia!
21.3.06
Não é provocação a ninguém
20.3.06
Elogio tramado
- Estou tão feio, gordo, barrigudo, careca, acabado!!!
Preciso de um elogio...
E a esposa responde:
- A tua visão está óptima!!!!
19.3.06
Chico Buarque

O primeiro me chegou
Como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia
Trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens
E as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio
Me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada
Que tocou meu coração
Mas não me negava nada
E, assustada, eu disse não
O segundo me chegou
Como quem chega do bar
Trouxe um litro de aguardente
Tão amarga de tragar
Indagou o meu passado
E cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta
Me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada
Que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada
E, assustada, eu disse não
O terceiro me chegou
Como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada
Também nada perguntou
Mal sei como ele se chama
Mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama
E me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro
E antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro
Dentro do meu coração
Tantas perguntas, tão poucas certezas

Com os meus botões, tenho cada diálogo...
Perguntas muitas, dúvidas muitas, certezas tão poucas.
Tenho andado a matutar nesta: será que temos, eu e o mundo, razões para nos sentirmos mais seguros hoje, do que no tempo da "guerra fria" ?
Se houver por aí alguém com bons argumentos, faça o favor de tentar covencer-me, de que sim, ou de que não...
Ficaria agradecida.
18.3.06
17.3.06
16.3.06
15.3.06
Dorothy Parker (trad. de Angela Carneiro - BR)
Se eu tivesse uma arma neste momento
Teria um mundo de divertimento
espalhando balas nos cérebros, sem pudor,
daqueles que me causaram dor.
Ou tivesse eu algum gás venenoso
teria um passatempo gostoso
acabando com um número indigesto
de pessoas que detesto
Mas não tenho nenhuma arma mortal
Assim, a Fatalidade não me dá prazer tal.
Então eles ainda estão lépidos e fagueiros
aqueles que mereceriam o inferno por inteiro.
Só para meninas
Voltamos a descambar
Conselho do dia :
Mulheres...façam sempre uma alimentação saudável:
"Comam homens de fibra."
Chamem-me pirosa
Quisiera ser el dueño, del pacto de tu boca
quisiera ser el verbo al que no invitas a la fiesta de tu voz.
Te has preguntado alguna vez, di la verdad
si siente el viento, debajo de tu ropa
cuando te bañas en el mar desnuda
y te acaricia el cuerpo, en la fiesta de tu piel.
Se sentirá la sal, las olas, sentirá la arena
me da pena...
Quisiera ser el aire que escapa de tu risa
quisiera ser la sal para escocerte en tus heridas
quisiera ser la sangre que envuelves con tu vida
quisiera ser el sueño que jamás compartirías
y el jardín de tu alegría en la fiesta de tu piel.
Son de esos besos que ni frío ni calor,
pero si son de tu boca, también los quiero yo.
Quisiera ser sincero, apuesto a que te pierdo
con esta frase solo pido tu perdón
por qué no escribo algo mejor. Ay yo no sé...
Me has preguntado alguna vez, por preguntar
qué es lo que quiero,
por qué motivo he dibujado el aire
que julgaba a ser silencio.
Si en realidad te entiendo o sólo nos queremos
Y si a la noche como a mí le duele tanto desear de lejos.
Se sentirá la sal, las olas, sentirá la arena
me da pena...
Quisiera ser el aire que escapa de tu risa
quisiera ser la sal para escocerte en tus heridas
quisiera ser la sangre que envuelves con tu vida
quisiera ser el sueño que jamás compartirías
y el jardín de tu alegría en la fiesta de tu piel.
Canta: Alejandro Sanz
14.3.06
13.3.06
Concordamos ou contestamos ?
A inteligência tem seus limites, a estupidez não."
12.3.06
10.3.06
Haja Vermelhão

Fafá de Belém - Vermelho
A cor do meu batuque
tem o toque e tem o som da minha voz
Vermelho, vermelhaço, vermelhusco,
vermelhante, vermelhão
O velho comunista se aliançou
ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
e a expressão da minha cor
A cor do meu batuque tem o toque
e tem o som da minha voz
Vermelho, vermelhaço, vermelhusco,
vermelhante, vermelhão
O velho comunista se aliançou ao rubro
do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
e a expressão da minha cor
Meu coração
Meu coração é vermelho, hei, hei, hei
De vermelho vive o coração, ê, ô, ê, ô
Tudo é garantido após a rosa vermelhar
Tudo é garantido após o sol vermelhecer
Vermelhou no curral a ideologia do folclore avermelhou
Vermelhou a paixão, o fogo de artifício da vitória vermelhou
Vermelhou no curral a ideologia do folclore avermelhou
Vermelhou a paixão, o fogo de artifício da vitória vermelhou
Rosa da Noite
Vou pelas ruas da noite
com basalto de tristeza,
sem passeio que me acoite.
Rosa negra à portuguesa.
É por dentro do meu peito, triste,
que o silêncio se insinua, agreste.
Noite, noite que despiste
na ternura que me deste.
Um cão abandonado,
uma mulher sozinha.
Num caixote entornado
a mágoa que é só minha.
Levo aos ombros as esquinas,
trago varandas no peito,
e as pedras pequeninas
são a cama onde me deito.
És azul claro de dia,
e azul escuro de noite,
Lisboa sem alegria,
cada estrela é um açoite.
A queixa duma gata,
o grito duma porta.
No Tejo uma fragata
que me parece morta.
Morro aos bocados por ti,
cidade do meu tormento.
Nasci e cresci aqui,
sou amigo do teu vento.
Por isso digo: Lisboa, amiga,
cada rua é uma veia tensa,
por onde corre a cantiga
da minha voz que é imensa.
Ary dos Santos
9.3.06
Católicos são tolerantes - Madre Teresa
Madre Teresa acena afirmativamente com a cabeça.
Deus prepara para cada um uma sandes de atum em pão de centeio.
Entretanto, a virtuosa mulher olha lá para baixo e vê os glutões no Inferno a devorarem bifes, lagostas e vinho.
No dia seguinte, Deus convida-a para outra refeição.
Mais uma vez, é pão de centeio com atum. Mais uma vez, ela vê os do Inferno a regalarem-se com um banquete.
No dia a seguir, ao ser aberta mais uma lata de atum, Madre Teresa diz humildemente:
- Estou grata por me encontrar aqui convosco como recompensa pela vida devotada que levei.
Mas não compreendo: só comemos pão com atum, enquanto lá em baixo comem como reis.
- Sejamos realistas - diz Deus com um suspiro -, vale a pena cozinhar para duas pessoas?
8.3.06
Evocação feminina
cortinas de dentro de sempre
desfaz penumbras e acorda
Bárbaras, Cecílias, Stellas Henriquetas, Heliodoras
E suas vozes em minhas palavras alteiam
celebram encontros de amores tantos
salpicam sândalos no ar.
Sagas passadas chagas em sangue vertem
e vibram amantes perenes somos todas omnipresentes.
Minhas mãos tão femininas
mãos de mulher madura, menina
sonham acariciam ternas lúcidas
lembranças pedaços de dias
franjas de ausências melancolias.
Em suas palmas conchas de lágrimas oceânicas
verdejam prantos horas molhadas
de sofrimento, surdas, caladas.
O silêncio da solidão é memória
reverbera fantasias, ilusões, onde desaguar
como abraçar tamanha paixão?
Mãos entrelaçadas tecem séculos
em teia de fios farpados prisão de anjos eternizados
Somos etéreas flores
fugazes pirilampos da vida
pela vida alinhavadas.
Assim evoco Bárbara, Cecília, Stella Henriqueta, Heliodora
cantemos juntas à nossa felicidade
brindemos uníssonas à nossa liberdade!
Virginia Schall
7.3.06
Americano vs Português
Portuguese said: "We have Jose Socrates, no wonder, no hope, and no cash."
6.3.06
5.3.06
Lágrima de preta

Encontrei uma preta
Que estava a chorar,
Pedi-lhe uma lágrima
Para a analisar.
Recolhi a lágrima
Com todo o cuidado
Num tubo de ensaio
Bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
Do outro e de frente:
Tinha um ar de gota
Muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
As bases e os sais,
As drogas usadas
Em casos que tais.
Ensaiei a frio,
Experimentei ao lume,
De todas as vezes
Deu-me o que é costume:
Nem sinais de negro,
Nem vestígios de ódio.
Água quase tudo
E cloreto de sódio.
António Gedeão
4.3.06
3.3.06
As minhas desculpas
As minhas desculpas a quem se sentiu ofendido. Nunca, mas nunca tive intenção de ofender. Apesar de ter sido anonimamente criticado, reconheço algum fundamento à crítica.
Por isso o retirei.
Engolir sapos

Não sei bem porquê, mas em algum momento do meu dia, tive a sensação de estar a engolir um sapinho...
Da-xe..., não gosto de sapos pela goela abaixo.
Não morri por isso, sobrevivo.
Há por aí quem tivesse de engolir outros muito maiores e também sobreviveu.
Mas sempre digo, quando não gosto. Se não disser, além do sapo também fica o protesto entalado na garganta.
2.3.06
1.3.06
El mar estaba lejos

El mar estaba lejos.
Pero en el aire húmedo de la mañana
se percibía un vago olor salado y rumoroso.
Fue entonces cuando el hombre despertó.
Guardó en su pecho las hermosas imágenes del sueño
y emprendió su camino.
Atrás fueron quedando
las ciudades, los pueblos, las aldeas
que el afán de los hombres levantara.
Atravesó también bosques umbrosos,
tierras resecas, valles pensativos.
Pasaron muchas horas. Y ya el sol último
arrojaba los restos de su incendio
a las cimas de los montes más altos.
Y el caminante se adentró en la noche
como un dios en su soledad.
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Eloy Sanchez Rosillo